Diario de Joao.luis, 11 dic. 20

Parabéns pelo seu percurso @Jlp1972! Uma recomendação importante, cuidado com esses défices calóricos acentuados... sim comer menos resulta e podemos perder peso a comer bolas de berlim, mas enquanto achar que tudo se resume à perda de peso, vai estar longe de entender a razão pela qual engordamos. Se utilizarmos a redução de calorias para reverter o excesso de peso ou tratar a obesidade e estabelecermos que o resultado depende exclusivamente do nível de compromisso de cada um, o processo vai acabar por falhar eventualmente. Porque ao reduzir a ingestão de comida, o metabolismo vai desacelerar até conseguir guardar mais energia, o que reduz as calorias despendidas. Ou seja, se o objetivo é 'queimar' mais, o resultado é paradoxalmente oposto porque o metabolismo se adapta para garantir que poupa mais energia para sobreviver. A obesidade não é comportamental. A obesidade é uma doença e, para a tratar, é preciso entender a sua causa. O problema subjacente à obesidade não é o excesso de peso em si, mas a disrupção hormonal que interfere com o balanço energético neuroendocrinológico que causa esse mesmo aumento de peso. O mantra "eat less and move more" é o equivalente lógico a dizer que uma carruagem de metro enche porque há mais pessoas a entrar do que a sair. Mas isso não explica porque continuam pessoas a querer entrar, apenas descreve aquilo que acontece. Ou seja, em termos científicos, não prova a causa final e é apenas uma causa próxima. Assim é com o défice calórico, as pessoas não são obesas porque comem muito e fazem pouco exercício (causa próxima), a causa final da obesidade é demasiada insulina, o que leva as pessoas a ingerir demasiadas calorias. Ou seja, eu não engordo por comer demais, eu como demais porque engordo. Felizmente hoje em dia já há ensaios clínicos bem desenhados que conseguem provar que a insulina causa aumento de peso, não apenas em resistentes insulínicos e diabéticos, mas também em pessoas saudáveis a fazer dietas hipocalóricas. O ponto chave a longo prazo para reverter a obesidade é diminuir a insulina, não o número de calorias ingeridas. Assim, o tratamento passa uma alimentação criteriosa em relação aos hidratos: se por um lado é fundamental limitar a sua quantidade, escolhê-los melhor também é importante, dando preferência aos de baixo impacto e carga glicémica. Deixo aqui as fontes onde sustento a minha opinião: "Changes in Energy Expenditure Resulting from Altered Body Weight" (https://cutt.ly/1gxhjAB); "Long-term persistence of adaptive thermogenesis in subjects who have maintained a reduced body weight" (https://cutt.ly/sgxhzKc); "Long-Term Persistence of Hormonal Adaptations to Weight Loss" (https://cutt.ly/hgxhcZu); "Influence of intensive diabetes treatment on body weight and composition of adults with type 1 diabetes in the Diabetes Control and Complications Trial" (https://cutt.ly/Bgxjn8b); "What is Nutritional Optimisation?" por Martin Kendall (https://cutt.ly/ugxj0ZZ); "The Calorie Deception" por Jason Fung (https://cutt.ly/VgxhdUa) 

Obrigado @Carnivoreiam pela excelente informação. Eu sou um leigo nestas coisas de nutrição. Primeira fase é atingir o peso... depois comer de tudo de forma saudável... o que a natureza dá... reduzindo coisas processadas. Obrigado.  

Parece-me um excelente objectivo, FORÇA! 

excelente comentário.! 

parabéns pela determinação mas a meu ver 1000 calorias são muito poucas. quando estagnar o peso como vai fazer? reduzir para 800 e assim até quando? desculpa mas eu acho que é necessário rever melhor essa redução. deve ser gradual e com défices caloricos menos expressivos.  

Obrigado pela dica. Importante é ajustar as calorias consumidas ás que necessitamos. A redução é natural, nasce da escolha de produtos mais saudáveis. Produtos que a "terra dá", nada de açucares, fritos, e comidas processadas.